5 de nov. de 2010

Vida de Rei, como ela (não) é! (Pelo menos não como você imagina!).

   Muitos aplaudem, alguns invejam... Ele é simplesmente o REI da noite-gay do Brasil... André como poucos chamam, Almada como é respeitado. 


   Nesta matéria você poderá conhecer o André como pessoa, como ele (de fato) é.


Fonte: Revista Isto É!
Editor do Blog: Tiago Vogel


Paulo Varella
O APARTAMENTO de André não lembra em nada o de um empresário da noite
Essa busca incessante por novidade não se reflete na vida pessoal. André Almada diz que, fora do trabalho, não sai para baladas. Prefere ficar em casa, um confortável apartamento no Paraíso. “Comprei no último andar para ter essa varanda, plantar coisas, ver o céu.” Nos ambientes bem claros da casa, nada que remeta a um empresário da noite. Na estante, porta-retratos com fotos da família e de amigos. E muita arte. “Gosto de investir em artistas brasileiros, como Mariana Palma, Florian Raiss e Ana Elisa Egreja. Só não compro mais porque não tenho onde pôr”, brinca.

André mora sozinho nesse apartamento. Acorda tarde, pois não consegue dormir antes das 4h. Vai todo dia para o escritório, na The Week, mas também trabalha em casa, pesquisando novidades na web, em jornais e revistas. Sua companhia cotidiana é Fátima Lima, que cuida da casa do empresário há quatro anos. “Ele faz questão de uma dieta saudável: tudo integral, nada de fritura. O André se cuida muito”, diz Fátima. Tanto zelo com a alimentação animou a cozinheira a se especilizar: hoje, em parte financiada por Almada, ela cursa gastronomia na universidade e pretende formar-se em nutrição. “Até meu marido e meus filhos passaram a gostar de arroz integral e comida japonesa.”

O cuidado com a saúde e a silhueta leva André a malhar três vezes por semana, por pura obrigação – o que chega a ser irônico, já que a The Week é famosa por seus freqüentadores malhados, chamados de “barbies” no meio GLS. “Odeio malhar. Fiquei um ano longe da academia e engordei dez quilos. Voltei há dois meses e já perdi três. Nesse meio, a imagem é muito importante. Acho chata a idéia de que dono de boate é uma bicha gorda, feia, velha e caída.” Almada conhece pouco de house, tecno e dance music, estilos que imperam nas pick-ups dos DJs da The Week. “Se você me perguntar quem canta essa música, ou qual grupo toca tal hit, não sei responder. Mas identifico do que esse público gosta, o que agrada aos meus clientes.” Em casa, prefere mesmo MPB, bossa nova e divas old school, como Diana Ross e Barbra Streisand. No cinema, quase a mesma coisa. “Gosto de filme de chorar. Ou com final feliz”, diz, enquanto serve chá, uma de suas paixões. “Gasto horrores em chás importados. E aqui em casa boto shoyu em tudo, até em sopa ou num ovo.” Ele diz que não fuma, não usa drogas nem bebe. Quando viaja – o que faz pouco, pois tem preguiça – , fica longe de baladas. “Prefiro ir a um bom restaurante, conhecer a cidade, ver as pessoas.”

Com 35 anos, bem-sucedido e bonito, André Almada está solteiro. Culpa da noite? “Balada é o pior lugar para namorar. É complicado para a outra pessoa. É uma ciumeira, pois mais de mil pessoas vêm me cumprimentar. Para mim também é duro, pois estou trabalhando, não posso dar atenção, a pessoa fica solta. E sabe como é boate: rola uma tentação muito grande...”

Quando chegar aos 45, André planeja mudar de negócio. “Quero ir à China. Vou pesquisar e descobrir algo que não exista no Brasil. Alguma coisa ali me chama.” Seus planos mais imediatos incluem uma ação social: criar um centro virtual de consulta e apoio a portadores de HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. “Nesse tipo de doença, a relação médico–paciente é muito fria. O objetivo é humanizar esse contato, no qual a pessoa possa tirar dúvidas numa sessão online, como num chat.”

Almada tem também um projeto de caráter totalmente particular: adotar uma criança. “Liguei para o Paulo Borges, para saber se foi difícil o processo quando ele adotou o Henrique, com pouco mais de 1 ano. Ele me tranqüilizou, está superfeliz. Quero cuidar de uma criança, dar continuidade ao meu nome.” Para isso, André quer construir a própria casa, em um local tranqüilo, a 20 minutos de São Paulo. Nesse momento, desaparece de vez o rei da noite paulistana e vem à tona o garoto de Birigüi. “Vai ter piscina, cachorro e jardim. Adoro cheirão de grama. Trago isso do interior. Gosto da natureza, de regar planta, de cheiro de terra molhada.” 


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